domingo, 6 de abril de 2014

CARRIS

22 02 2014 subida aos Carris


O dia prometia Sol, ou não, nublado com chuva, ou não. Incertezas! Saiu-se cedo iniciando o trajecto em direcção ao Gerês, pelo caminho  havia a dúvida...para onde ir?  Coloquei dois vectores, Rocalva ou Carris...Rocalva nunca lá tinha ido e se o nevoeiro aparece não chego lá porque não conheço o percurso...Carris já lá não ia há muitos anos mas conhecia de várias visitas, sempre diferentes.

Rumamos a Portela do Homem. Deixamos a vagonete iniciando a caminhada por volta das nove e vinte nove/trinta.  A manhã estava fresca e húmida mas o Sol também por lá andava e lá fomos cantando e rindo.

O que foi em tempos uma estrada/estradão era uma coisa muito diferente com pedra solta por vezes mais ou menos tapado pela vegetação, bem diferente da minha última subida.

A subida fazia-se com lentidão, sendo com frequência ultrapassados por outros caminheiros, parando para apreciar detalhes, comer uma "alcagoita". Começamos a avistar neve lá no alto até que a encontramos e com bastante abundância havendo sítios em que nos chegava aos joelhos. Se estivesse Sol seria encantador.

Demoramos imenso tempo mas chegamos e já havia quem já descesse. Foi muito emocionante voltar aquele lugar  vagueando por entre as ruínas que em tempos foram habitadas por pessoas,  fiz as mesmas perguntas que das outras vezes a mim próprio as coloquei. A resposta foi muita emoção e respeito.

Por lá andava um grupo de "pré" homens muito barulhentos e daqueles que atiram as garrafas de cerveja para longe e se deliciam...por lá devem ter deixado mais um pouco de lixo. Vim a saber que eram de Caxinas e alguns nem sabiam o que estavam ali a fazer...não havia mar...

Voltando à nossa aventura era tempo de duas coisas, tentar encontrar um local para comermos a bucha e mudar para as calças impermeáveis já que a Margarida por tantos tombos ter dado estavam molhadas. 

Enquanto muda a roupa o tempo começa a mudar repentinamente, nevoeiro que já por lá andava começa a ficar muito denso  parecendo que estava a ficar noite. Feita a muda e porque o nevoeiro e eu não nos damos nada bem iniciamos a descida mesmo sem termos abastecido o estômago, só ficando descansado quando ultrapassamos a zona de nevoeiro e ai entramos na minha zona de conforto.

Paramos para abastecer seriam dezassete horas num local que não sei o nome mas em que se vê o vale do Homem e  por lá passa um ribeiro. Reiniciada a descida a Margarida sempre despreocupada, nem imaginava que não tardava nada seria noite e pela primeira vez iria caminhar na Montanha já noite. Assim foi, mal se via,  parei tirei da mochila o frontal que lhe coloquei na cabeça sendo a alegria total...ainda lhe perguntei, não tens medo? A resposta foi pronta, não estou muito bem! é a magia da Montanha.

Quando reiniciamos a descida cruzamos com um grupo de homens que mais pareciam um grupo de operações especiais de tal maneira carregados iam que só de ver...o primeiro mal se lhe via a cara, uma mochila nas costas uma mais pequena na frente e ainda na cabeça algo à sua volta que lhe pousava também nos ombros...apesar disso caminhavam rápido, estava a cair a noite...ao cruzarem nada disseram o que não é habitual quando caminheiros se cruzam pelo caminho.

Chegados ao local de partida foi tempo de tirar as botas mudar as meias, comer e beber...
Ficamos mais ricos com um dia maravilhoso na montanha...





















































































































Nenhum comentário: