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09 2017
Uma
obsessão, é sempre uma obsessão e uma das minhas obsessões no que se refere a
lugares a visitar é/foi Absedo...um belo
lugar de montanha e claramente, Gêres.
Havia
da minha parte um certo receio por me terem dito que uma subida seria muito
difícil...blá...blá....blá...mas era hoje o dia eu e a minha companheira
habitual de montanha já tinha-mos combinado a actividade, juntando-se a Maria o Geraldo e o Zé.
Começa-mos
a actividade com meia hora de atraso mas bem-dispostos. Subida do
caminho/estradão...pedra rolando sobre pedra um bom exercício de aquecimento
aos tornozelos...mas aquele vale é encantador.
Desvio
à direita para a subida, a tal que me tinham dito, difícil e perigosa...nada
disso...nem difícil nem perigosa no ritmo de cada um faz-se muito bem nada de
difícil nem perigoso embora um dos companheiros de jornada aqui e ali eu notava-lhe
ter certas dificuldades.
Chegados
ao topo fizemos o percurso até ao meu prémio, a chegada ao tão desejado Abesedo
mas não sem antes vermos as gravuras rupestres, estas mostradas, indicadas, pela
orgulhosa Orquídea.
Absedo
nas minhas previsões a hora de chegada seria para as 13h...eram
14h30m...almoçamos/descansamos um bom bocado sendo que pelas 15h15m retomamos a marcha tendo eu e só para mim
concluído que haveríamos de chegar já noite se o ritmo se mantivesse...mas não
o comuniquei para não entrarem logo em tenção...
“...e
digo eu que quantos vamos para a montanha e sobretudo um percurso destes,
todos, todos deveremos saber o grau de dificuldade e sabermos se estamos em
condições de acompanhar o grupo de modo a não poder a vir causar embaraços a
todos, ter o espirito de equipa não de abandono mas de entre ajuda e cooperação
para a menos difícil superação de possíveis dificuldades de algum elemento/elementos...”
O
que aconteceu a partir daqui não foi nada fácil ter de gerir... um elemento
começa a entrar em pânico e a tentar contactar alguém para vir socorrer... outro
sempre distraído com as fotos e a sair do grupo o que nos fazia perder tempo á
espera que aparecesse, outro elemento não sabia se haveria de ficar perto de mim
ou de outros e um outro que no fundo seria o principal problema... ter de guiar
o grupo, encontrar uma descida que eu sabia onde era mas tinha que a encontrar
quando estava a encontrar a descida ter de voltar para trás porque deixaram um
elemento sozinho que já mal se mexia e que pedia para não o deixarem ali...não
é fácil...no meio de tudo isto eu só tinha uma coisa a fazer que era passar
tranquilidade, calma...e lá efectuamos a descida até á estrada onde chegamos
por volta das dez da noite, todos bem...
Como beleza foi a mais bela caminhada que eu fiz em Portugal
Como
em tudo na vida há sempre ensinamentos a guardar, eu guardei os meus.
...e
vemo-nos ai por esses caminhos...
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