31 03 2018
Gerês com Neve
Estávamos impacientes, já
muitos fins-de-semana de tempo menos bom para caminhar em montanha, vai o tempo
em que para a montanha era de qualquer jeito e estou a lembrar uma saída, já lá
vão alguns muitos bons anos...a actividade era organizada pelo Parque de
Campismo de Cerdeira e,e grátis, e no final deixavam que se fosse tomar banho
de água quente, mas nesse dia sai de casa com muita chuva, cheguei ao Parque de
Campismo e só eu lá estava, esperei dentro do carro, passado algum tempo e
quase em simultâneo chegou outra pessoa que vinha de Leiria e o guia do parque.
O tempo não esteva nada bom, chuva e vento, o guia perguntou se queríamos mesmo
fazer...se viemos é para fazer...e fomos...não sei por onde andei mas lembro
que o guia quando começou a trovejar e relampejar levou-nos para de baixo de um
penedo até que a trovoada acalmasse...mas, mas isto para dizer que hoje não faço assim.
Previa-se o tempo como se
costuma dizer assim/assim e fomos. Saímos com pouca chuva, passamos por
nevoeiro, chegamos ao ponto de partida e estava frio preparamo-nos e começamos
a andar, a terra já não absorvia mais agua, o céu estava mesclado entre azul
vivo o branco algodão das nuvens e mais raramente um tom aqui e acolá de cinza
quase preto, a vegetação abençoava-nos com gotas de agua que deixava cair
gelada em nós passantes.
Estava-mos no nosso que é
de todos escreva-se, Paraíso e um dos nossos quereres era pisar, tocar Neve.
Havia um receio meu, havia chovido muito e neve também nos pontos altos, como e
se podíamos atravessar os ribeiros.
Passamos os ribeiros que
estavam nervosos, sem cair na água e sem molhar as botas...Prado Gamil a
Margarida pisou neve mas, dizia, não dá para fazer um “bonequinho”...na fonte
mais á frente deitei fora toda á agua que tínhamos e enchemos com a água que de
lá saia e continuamos até “Cabana Gamil” tínhamos feito mais ou menos sete quilómetros...paragem
técnica também para comer alguma coisa.
A etapa seguinte o sopé do
“Pé de Cabril”. Nada fácil, cada vez mais altitude, cada vez mais neve o que
nos agradava mas a progressão no terreno não era nem fácil, nem agradável, não
se via o trilho e os Deuses da montanha “mariolas” confundiam-se com tanta neve
e metíamos as botas onde não devíamos mas como sempre atingimos o objectivo,
estava-mos no base do “Pé de Cabril” na encosta em frente também tudo estava
branco um regalo para os olhos...a temperatura aqui era de sete graus mas o
vento fazia com que a sensação térmica fosse muito menos.
Previa-se uma descida
lenta, com a neve, para se prevenir quedas, já que as escorregadelas essa foram
muitas, mesmo depois dos mil metros de altitude onde a neve começava e não haver
o cuidado seria o mesmo estava tudo muito molhado...demoramos mais duas horas
que anteriormente tínhamos feito com tempo bom e seco e mais paragens.
Depois da troca de roupa, as
botas pareciam aquários...fomos até ao parque de Cerdeira não para a cervejinha
mas para uma bebida quente.
Deixamos por aqui as fotos
de um dia bem passado na Montanha...vemo-nos ai por esses caminhos...
Para ver as fotografias em tamanho maior fazer duplo clike em cima de uma...
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Prado Gamil |
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Fonte de Água |
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Temos Neve |
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Em pose |
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Cabana Gamil |
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...começa a complicar |
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...muita àgua |
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...no topo |
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inicio descida/regresso |
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mais um olhar |
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...estes são os Deuses da montanha que nos guiam...nestes acredito...tem dias. |
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